ABSTRACT
A experiência fotográfica apresenta muitas possibilidades de reflexão sobre o território urbano contemporâneo. Através da visualidade e posteriormente pela imagem estática no tempo e espaço, podemos entrar em contato com ações políticas que fizeram e fazem parte de uma determinada sociedade. Nesse sentido, a fotografia outsider é um recurso importante de expressão artística, política, estética e social que, busca registrar as ações das margens sociais, sobretudo, aquelas ações que foram excluídas das convenções estéticas e sociais. A partir dessa perspectiva, o grafite de rua como arte sócio-política encontra-se em constante disputa no território urbano, e torna-se objeto de análise e reflexão crítica em uma sociedade capitalista que, cada vez mais tem o econômico como principal base de valores. Dentro desse contexto, essa pesquisa analisa o conteúdo outsider de fotografias que conseguiram cristalizar múltiplas expressões de indivíduos em busca de reconhecimento e compreensão nas ruas de grandes centros urbanos. O grafite de rua da cidade de São Paulo está no foco da análise, assim como, comparações com algumas experiências de registros fotográficos realizados na cidade de La Paz/Bolívia2