PATRIMÔNIO INSURGENTE: ESTETIZAÇÃO E RESISTÊNCIA CULTURAL NO BRASIL DO INÍCIO DO SÉCULO XXI

ABSTRACT

Nos últimos anos, multiplicam-se nas cidades brasileiras iniciativas em que setores da sociedade partem para a «ação direta», ocupando e reutilizando espaços públicos e edifício de valor patrimonial, numa crítica – mais ou menos clara – da representatividade do poder constituído ou mesmo das instâncias formais de participação, como os conselhos do patrimônio, que se estabeleceram na luta pela redemocratização do país desde os anos 1970. Este trabalho propõe- se a problematizar, ainda que de forma inicial, essa perspectiva insurgente no campo do patrimônio, que tem ocupado ruas, praças e edifícios abandonados ou não utilizados do Brasil, recolocando em questão o direito à cidade e à memória. Ocupa Porto do Capim (João Pessoa / PB), Ocupa Estelita (Recife / PE), Ocupa o Quadrado (Pelotas / RS), Espaço Cultural Luís Estrela (Belo Horizonte / MG) são apenas algumas dentre as dezenas de experiências que parecem apontar para um novo caminho e uma nova etapa na luta pela preservação do patrimônio em nosso país.

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